Mulher de desresPEITO
Não sou moça de respeito
Se o respeito me interdita
Não nasci pra ser detenta
De uma vida submissa
Leis morais, arcaicas
Para parar minha autonomia
Não me ferem facilmente
Nem que violem minha mente.
O resultado descontente da mídia imoral
Me deixa fora de si, mas não me fazem mortal
Querem impor sobre mim, o que eu devo vestir
Qual cabelo
Qual brinco
E qual manequim
Querem monitorar minha saia
Fiscalizar os meus beijos
Querem até limitar as visitas no desejo
Me dizem que os meus pelos
Não me fazem feminina
Eu digo sempre: ‘’Coitado, é um ser alienado’’
A luta é justificável, como é que pode morrer?
Tanta negra, tanta branca, tanta Maria, tanta Joana,
tanta Flor.
Como é que pode sofrer abuso de um qualquer?
Que não respeita as minas, e as marcam por uma vida.
Querem até me dizer como é ser mulher
Vivem achando indecente, pois os incomoda a mente
O direito dessas damas.
E ainda me pedem respeito, quando não respeitam nossos
NÃO’s!
Não sou moça de respeito
Sou moça de meus direitos
Sou de peito
De pelo
Moça que não tem padrão
Não tem patrão
Não se cala
E sempre vê solução.
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