Acende o cigarro..
Moço, perca seus olhos em mim..Depois de vários risos mortos, esqueci minha ternura. E eu sem levantar, sem tratar de amar, com choro doentio,sem aguentar a tristeza, esperando um ''siga em frente'', deitada no sofá enrolada em um cobertor velho,assistindo TV. E então resolvi cuidar de me cuidar..
E ele acende o cigarro tão tranquilo,sorri,conta suas historias, acende mais outro. Parece mal,mas é um doce. Me deixa confusa, digo que nem faço questão,mas sabe lá.. Sem machucar,sem perturbar, ainda estou cansada,mas suponho que não seja nada, apenas covardia. Eu mesma procuro problemas que não aguento cuidar,ainda sou pequena, miúda,você parece forte,firme. Aliais, um belo fumante,um belo par, ate te acho interessante,fingo desinteresse, mas me empolgo ao ver as pontinhas do seu cabelo pela multidão, talvez eu seja problema,talvez eu seja paz, mas não sabe você que eu tento admitir.
Me deixa as pontas do cigarro, me engano, eu sonho... Parece seguro achar que segura forte minha mão.
Sem te convencer que eu existo, sem coragem no amor. você me da um beijo na testa, e vai embora o menino que veste meus pensamentos. E se não fosse o medo, te diria que gosto do seu cheiro misturado com tabaco,da sua roupa, sua maturidade... Sem tropeços,sem saber quem sou, no que penso. Pensando em desistir,fingindo que a vontade não te quer.
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